A LENDA DO FLOQUINHO DE ALGODÃO
Era uma vez...uma pequena aldeia onde o dinheiro não entrava.
Tudo o que as pessoas compravam, tudo o que era cultivado e produzido por cada
um era trocado entre eles!
A coisa mais importante, a coisa mais valiosa, era
a AMIZADE! Quem nada produzia, quem não possuía coisas materiais, que pudessem
ser trocados por alimentos, ou utensílios, davam seu carinho.
O carinho era simbolizado por um floquinho de
Algodão; muitas vezes era normal que as pessoas trocassem floquinhos sem querer
nada em troca, apenas pelo simples prazer de "DOAR" e ver o outro
feliz!
As pessoas davam seu CARINHO pois sabiam que
receberiam outros num outro momento ou em outro dia.
Um dia, uma mulher muito má que vivia fora da
aldeia e que não havia experimentado o prazer de doar; convenceu um pequeno
garoto a não dar mais seus floquinhos. Desta forma, ele seria a pessoa mais
rica da cidade e teria o que quisesse; iludido pelas palavras da malvada, o
menino que era uma das pessoas mais populares e queridas da aldeia, passou a
juntar CARINHOS e em pouquíssimo tempo sua casa estava repleta de floquinhos,
ficando até difícil de circular dentro dela!
Daí então, quando a cidade já estava praticamente
sem floquinhos, as pessoas começaram a guardar o pouco de CARINHO que tinham e
toda a HARMONIA da cidade desapareceu: Surgindo a ganância, a desconfiança, o
primeiro furto, o ódio, a discórdia, as pessoas passaram a se xingar e a se
ignorarem uma às outras pelas ruas pela primeira vez.
Como era o mais querido da cidade, o garoto foi o
primeiro a sentir-se triste e sozinho. Isto fez o menino procurar a velha
mulher para perguntar-lhe se aquilo fazia parte da riqueza que ele
acumularia...
Não a encontrando mais, ele tomou a decisão: Pegou
uma grande carroça, colocou todos os seus floquinhos em cima e caminhou por
toda a cidade distribuindo aleatoriamente seu carinho! A todos que dava carinho,
apenas dizia:
"Obrigado por receber meu
carinho"
Assim, sem medo de acabar com seus floquinhos, ele
distribuiu até o último carinho sem receber um só de volta.
Sem que tivesse novamente tempo de sentir-se
sozinho e triste, alguém caminhou até ele e lhe deu carinho...Um outro fez o
mesmo... e outro...mais outro...até que a aldeia voltou ao normal!!!
O texto acima, foi meu floquinho de algodão pra
você...e quero que passe pra frente!