Dia Mundial de Combate ao Câncer - 08 de Abril
O Câncer é um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos, e podem se espalhar para outras regiões do corpo. Estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores, que é o acúmulo de células cancerosas. Já o tumor benigno é apenas uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente representa um risco de morte.
Existem diferentes tipos de câncer devido aos vários tipos de células do corpo. Por exemplo, existem diversos tipos de câncer de pele porque a pele é formada de mais de um tipo de célula. Se o câncer tem início em tecidos epiteliais como pele ou mucosas ele é denominado carcinoma, se começa em tecidos conjuntivos como osso, músculo ou cartilagem é chamado de sarcoma.
Outras características que diferenciam os diversos tipos de câncer entre si são a velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes.
A maioria dos casos de câncer (80%) está relacionada ao meio ambiente, no qual encontramos um grande número de fatores de risco. As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os "hábitos" e o "estilo de vida" adotados pelas pessoas, podem determinar diferentes tipos de câncer.
COMO EXPLICAR O CÂNCER ÀS CRIANÇAS
Os pais devem falar do câncer com seu filho, de uma forma clara, sincera e sem sobressaltos. Ao se confirmar o diagnóstico da doença, é normal que os pais se sintam confusos, ansiosos, desorientados, e totalmente perdidos diante da complexidade que supõe a linguagem do diagnóstico, assim como as terapias de tratamento.
Por essa razão, é necessário que os pais se preparem, informem-se, e se inteirem dos mínimos detalhes sobre a doença, para que a aceitação da enfermidade seja mais tranquila e mais controlada. Fale com o médico do seu filho. Sua experiência servirá de consolo e apoio. É importante que os pais falem com seus filhos sobre o câncer, de uma forma clara, sincera e sem sobressaltos. Considere a opinião do médico especialista. Ele saberá dizer qual pode ser o momento mais conveniente para que seu filho saiba o que tem. Assim, quando chegar o momento, os pais poderão passar tranquilidade e segurança ao seu filho. Em casos como este, a orientação de um psicólogo é muito importante tanto para os pais como para os filhos.
Não existe razão para se desesperar. As energias deverão estar centradas na solução da doença e não na busca das possíveis causas. Deve-se lutar pela cura e não por buscar culpados.
Como explicar o câncer a uma criança
Pode-se explicar o câncer a uma criança de diferentes formas, segundo a idade que tenha, já que uma crianças de 2 anos não entenderá o mesmo que outro de 5 ou de 8 anos. Além disso, deve-se ter em conta que cada criança é um mundo distinto, e por isso deve-se encontrar a forma apropriada como contar a cada um deles. Encontramos algumas formas que os poderão ajudar:
- Por mais que os pais tentem explicar a uma criança de 2 anos o que é o câncer, ela não entenderá. Saberá que tem um “dodói” que necesita ser curado, nada mais. Nesta idade, o que eles precisam é sentir que seus pais estão ali e que lhes protegem. Precisarão de muito apoio, ânimo, e força, principalmente quando tomar injeções, fazer um exame incômodo, ou muitas vezes ir ao médico ou ao hospital.
- A partir dos 5 anos de idade, a criança já entenderá algo mais do conceito da doença, principalmente quando estiver vivenciando isso. Nesta idade, provavelmente irá querer saber o porque está doente. Explique-lhe que isso não é importante. Que a importância está na sua cooperação e colaboração no tratamento. Diga-lhe que o câncer são células “más”, e que o tratamento fará com que as células “boas” acabem com elas. Deve transmitir-lhe confiança, através de atitudes positivas.
- A partir dos 7 anos de idade, a criança compreenderá melhor a doença. Já se pode falar abertamente com ela sobre o assunto e fazê-la entender que a cura também dependerá de sua colaboração. Nesta idade, a criança já expressará melhor o que sente, seus medos, e dificilmente mostrará resistência para fazer algum exame ou a tomar os medicamentos, ainda que conheçam seus efeitos.
Em qualquer caso e a idade que seja, é fundamental o carinho e o apoio da família. As crianças querem sentir-se protegidas e acolhidas.
As reações da criança ao câncer
Como a criança reagirá quando souber que tem uma doença que a fará estar ou visitar o hospital muitas vezes, é uma incógnita. Tudo dependerá da forma de ser da criança, do seu estado de ânimo, do apoio médico e familiar que tenha, do tipo de câncer que sofre, e da evolução do tratamento. A dor, bem como a duração da doença, são fatores muito difíceis de ser vividos por uma criança. E isso ainda tem o agravante de ter que estar mais afastada dos seus pais, amiguinhos, companheiros da escola.
A postura da família é muito importante para a evolução do tratamento. Deve-se pensar que tudo se supera quando se mantém o bom ânimo e a esperança. Se você tem uma criança que sofre de câncer, e se encontra no hospital, trate de criar um bom ambiente para ela. Busque distraí-la como puder, com brinquedos, “amiguinhos” de pelúcia, desenhos para colorir, e com prêmios por cada etapa superada. É necessário que empregue uma rotina, como por exemplo, para estudar e fazer os deveres do colégio. Se for conveniente, convide alguns dos seus amiguinhos para visitá-la. A criança ficará encantada em compartilhar suas experiências com eles, e assim desabafar um pouco. Pouco a pouco, a criança irá se adaptando à nova e temporal situação, e a vida familiar e social vai-se normalizando. O importante é que todos estejam unidos para superar a doença.
(Fonte: Brasil Escole e Guia Infantil)