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quarta-feira, 25 de março de 2020

Geografia: A crise do Socialismo no Leste Europeu - 9º ano


Crise do Socialismo no Leste Europeu

O Muro de Berlim construído em 1961 tinha como objetivo dividir a Alemanha em duas novas repúblicas, uma liderada pelos Estados Unidos e a outra comandada pela União Soviética.
A obra se tornou o principal símbolo do antagonismo entre capitalismo e socialismo durante a Guerra Fria. Sua derrubada em 1989 representou o colapso do regime socialista nos países do leste europeu.
Contexto Histórico
O desenvolvimento industrial iniciado no século XVIII pela Inglaterra provocaria intensas transformações na configuração das sociedades. A intensificação da produção estimularia o crescimento das cidades e o aumento do êxodo rural de trabalhadores em busca de uma oportunidade profissional nas indústrias em expansão.
O capitalismo se firmou como modelo econômico orientador das novas relações de trabalho, o surgimento de uma nova classe social, o proletário também seria uma das consequências da revolução industrial.
O Capitalismo pode ser definido como um sistema socioeconômico que defende a liberdade comercial, a propriedade privada, a obtenção de lucro e o acúmulo de capital. Esse modelo se intensificaria ainda mais no século XIX, o crescimento industrial geraria um aumento da classe proletária, a péssima condição de vida do trabalhador levaria ao surgimento de correntes ideológicas que condenariam o estilo adotado pelo capitalismo.
Segundo essas correntes, a busca desenfreada pelo lucro massacrava o trabalhador e intensificava a luta de classes.
Nesse contexto, Karl Marx e Friedrich Engels, iniciam no século XIX uma profunda análise da sociedade instituída pelo capitalismo, a partir desse estudo eles criam uma doutrina política conhecida como Socialismo Científico ou Marxismo.
De acordo com essa nova corrente ideológica, o capitalismo é responsável pelo aumento das desigualdades entre as classes sociais e a alternativa para o fim dessas distinções seria a adoção do socialismo como modelo socioeconômico e político para a transformação da sociedade.
O Socialismo idealizado por Marx e Engels seria concretizado após uma revolução liderada pelo proletariado em que estes governariam em função do povo. A primeira medida seria acabar com a propriedade privada e coletivizar a terra e os meios de produção. A implantação do comunismo segundo esses teóricos seria capaz de eliminar as lutas de classes e as desigualdades sociais.
Teoricamente o Socialismo Científico representava um modelo bastante atrativo a serem seguidos, muitos países o adotaram como regime político, econômico e social, porém a forma como ele foi implantado não foi capaz de sanar os problemas sociais, pelo contrário ele foi responsável pela intensificação das desigualdades e da crise econômica.
O socialismo ganharia destaque ao final da Segunda Guerra Mundial com a vitória da União Soviética no conflito. Desde a Revolução Russa de 1917, os países integrantes da nação soviética adotaram o socialismo, com o desfecho da Guerra, a nova potência entraria em uma disputa com os Estados Unidos pela hegemonia mundial.
Os países do leste europeu devastados com os conflitos durante a Segunda Guerra Mundial não possuíam força política e econômica para se reconstruírem, a União Soviética oferece ajuda a esses países aumentando assim a sua influência na região. Um por um os países do leste europeu foram se aliando aos soviéticos e implanto o regime socialista. URSS, Alemanha Oriental, Polônia, Tchecoslováquia, Romênia, Hungria e Bulgária faziam parte do grupo de aliado da potência soviética.
Crise do Socialismo
A crise do socialismo do leste europeu seria motivada pela insatisfação dos governos com a política empreendida pela União Soviética. A grande potência socialista não foi capaz de retirar esses países da crise, isso demonstrou que a aliança dos soviéticos com os integrantes do leste europeu não passou de uma estratégia para aumentar o seu domínio na região e conquistar mais aliados capazes de auxiliá-los em caso de uma guerra contra os Estados Unidos.
O descontentamento atingiria também a Alemanha, que ao final da Segunda Guerra foi dividida em Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental, respectivamente comandadas pelos governos norte-americanos e soviéticos.
Enquanto a Alemanha Ocidental apresentava um grande crescimento econômico estimulado pela política liberal dos Estados Unidos, a Alemanha Oriental permanecia estagnada, o que estimulava a migração dos alemães para o lado ocidental.
A intensa fuga para a Alemanha Ocidental ocasionou na construção do Muro de Berlim em 1961. Eficiente na política de evitar a passagem para o lado ocidental, o Muro se transformou no maior símbolo da divisão entre capitalismo e socialismo.
Alguns fatores que intensificaram a crise no leste europeu:
·         Forte centralização do Estado;
·         Ditadura estabelecida por um partido único: o Partido Comunista;
·         Denúncias de casos de corrupção envolvendo o alto escalão do Partido Comunista da União Soviética;
·         Falta de investimentos nas indústrias de bens de consumo, o que gerava a falta de produtos básicos para a sobrevivência da população, a União Soviética se preocupava excessivamente com a indústria bélica;
·         Insatisfação popular com o governo soviético;
·         Diminuição da atividade agropecuária e industrial;
·         Desemprego.
A ascensão de Mikhail Gorbatchev em 1985 ao governo da União Soviética seria fundamental para a transformação da história do socialismo no leste europeu. Gorbachev apresentou uma série de propostas de reformas políticas em todas as esferas do governo que visavam não só o desenvolvimento econômico, mas também social da União Soviética.
O novo líder comunista surpreendeu ao demonstrar ao mundo o desejo de um alinhamento político com as demais nações, inclusive com os Estados Unidos. Outro fator que merece destaque nesse governo é a suspensão dos testes nucleares e da Corrida Armamentista.
O lançamento em 1986 dos programas conhecidos como glasnost e perestroika contribuiria para o aceleramento do fim do socialismo. A glasnost representava uma tentativa de seguir uma política transparente capaz de acabar com a corrupção de conceder mais liberdade política e individual. A perestroika era um plano econômico que diminuía a interferência do Estado nas relações comerciais e estimulava a adoção do liberalismo político.
As reformas promovidas por Gorbachev estimularam muitos países a romper relações com o governo soviético, aos poucos a União Soviética foi se desintegrando. A crise do socialismo no leste europeu provocou o fim do regime na Alemanha Oriental, com o consentimento dos Estados Unidos e do presidente soviético, os alemães iniciaram a derrubada do Muro de Berlim em 1989. A junção desses fatos provocou a decadência do socialismo e a passagem gradual para o modelo capitalista.

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Muro de Berlim
ttps://escolaeducacao.com.br/crise-do-socialismo-no-leste-europeu/




Bons estudos e até a próxima!

domingo, 22 de março de 2020

Geografia: Formações vegetais do Brasil 7º ano


Tipos de Vegetação
O Brasil possui uma rica diversidade de vegetação: nela se destacam oito tipos principais. Isso se deve à sua grande extensão territorial e diversidade climática.
O tipo de vegetação de determinada região irá depender, primordialmente, do seu tipo de clima. Entretanto, essa regra aplica-se somente a vegetações naturais ou nativas, pois a formação vegetal é o primeiro elemento da paisagem que o homem modifica e, portanto, está em constante transformação.  
O Brasil, por ter dimensões territoriais continentais, abriga oito tipos principais de vegetação natural. São eles:
Floresta Amazônica: de clima equatorial e conhecida como Amazônia Legal, abriga milhões de espécies animais e vegetais, sendo de vital importância ao equilíbrio ambiental do planeta. Ela é classificada como uma formação florestal Latifoliada, pois suas folhas são largas e agrupam-se densamente, geralmente atingindo grandes alturas.
Mata Atlântica: caracterizada como uma floresta latifoliada tropical e de clima tropical úmido, foi a vegetação que mais sofreu devastação no Brasil, restando apenas 7% de sua cobertura original. Era uma vegetação que se estendia do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, mas que foi intensamente degradada pelos portugueses para a extração de madeira e plantio de cana-de-açúcar.
Mapa Mental: Tipos de Vegetação no Brasil

Caatinga: é uma vegetação típica de clima semiárido, localizada no Nordeste brasileiro.  Possui plantas espinhosas e pobres em nutrientes. Nos últimos anos, vem sofrendo diversas agressões ambientais que causam empobrecimento do solo, dificultando mais ainda o desenvolvimento dessa região.
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Cerrado: típica do Planalto Central brasileiro e de clima tropical semiúmido, é a segunda maior formação vegetal do Brasil. Apesar de sua paisagem ser composta por árvores baixas e retorcidas, é a vegetação com maior biodiversidade do planeta. Somente nos últimos anos é que os ambientalistas vêm se preocupando com esse ecossistema, que sofre vários danos ambientais causados pela plantação de soja e cana-de-açúcar e pela pecuária.
Pantanal: localizada no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, é considerada uma vegetação de transição, isto é, uma formação vegetal heterogênea composta por diferentes ecossistemas. Em determinadas épocas do ano, algumas porções de área são alagadas pelas cheias dos rios e é somente nas estiagens que a vegetação se desenvolve.
Campos sulinos: também conhecidos como “pampas” e característicos de clima subtropical, apresentam vegetação rasteira com a predominância de capins e gramíneas.
Mata de Araucária: com a predominância de pinheiros e localizada no estado do Paraná, é uma vegetação típica de clima subtropical. Sua cobertura original é quase inexistente em razão da intensa exploração de madeira para fabricação de móveis.
Mangues: é um tipo de vegetação de formação litorânea, caracterizado principalmente por abranger diversas vegetações, ocorrendo em áreas baixas e, logo, sujeito à ação das marés.

MAPA MENTAL 
ALMEIDA, Regis Rodrigues de. "Tipos de Vegetação"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/os-tipos-vegetacao.htm.

                                                      Boa pesquisa e bons estudos!

sábado, 21 de março de 2020

Geografia: Fluxos populacionais e migrações internacionais - 8º ano

Os fluxos populacionais foram incrementados a partir do desenvolvimento do sistema de transporte (Rodoviário, hidroviário, ferroviário e aéreo) e das telecomunicações, que ofereceram maior mobilidade às pessoas em todo mundo. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), aproximadamente 175 milhões de pessoas vivem fora do país de origem.
Os fluxos populacionais entre países são denominados de migrações internacionais, essas podem ocorrer por atração ou por repulsão, a primeira geralmente acontece quando as pessoas vivem em países nos quais não há boas condições de vida e de trabalho, são atraídas rumo a países desenvolvidos, como Estados Unidos, países da Europa desenvolvida e Japão, a segunda são migrações onde o indivíduo deixa seu país devido a problemas políticos, perseguições, guerras, entre outros.
A maioria das migrações internacionais ocorre pela busca de trabalho, as principais correntes migratórias emergem de Latino-Americanos, Africanos e Asiáticos em direção aos EUA, Europa e Japão. Os trabalhadores migrantes enviam dinheiro para sua terra natal, algumas estimativas revelam que eles movimentam anualmente cerca de 58 bilhões de dólares, o Brasil, por exemplo, recebe anualmente cerca de 2,8 bilhões de dólares enviados por brasileiros que vivem no exterior.
Os brasileiros por vários motivos saem do país, o movimento de saída do país é chamado de emigração, o de entrada de estrangeiro é denominado de imigração. O que levam os brasileiros a sair do país rumo a outro, são as sucessivas crises econômicas, hoje existem cerca de 2 milhões de brasileiros vivendo no exterior de forma clandestina.
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Outra modalidade de migração internacional é a de fluxo de refugiados, indivíduos que sofrem perseguições de ordem política, religiosa ou étnica. Na década de 1970, havia cerca de 2,5 milhões de refugiados, hoje esse número chega aos 25 milhões, decorrentes de acontecimentos geopolíticos como: o fim do socialismo, a diminuição de ajudas financeiras e humanitárias e principalmente pela expansão do fundamentalismo Islâmico.
São considerados migrantes refugiados cerca de 25 milhões de pessoas, que foram obrigados a deixar seus lares devido a problemas ambientais, como desmatamento, desertificação, erosão dos solos e desastres químicos e nucleares.
As origens dos refugiados são as mais variadas, mas geralmente possuem algumas características, como origem de países subdesenvolvidos, no qual a renda per capita média está abaixo de 500 dólares e há alto índice de analfabetismo, governos ditatoriais que violam os direitos humanos de determinada parcela da população, na forma de perseguições políticas e torturas, extermínio étnico e discriminações religiosas e culturais.
Por fim, existe um fluxo, agora sem agravante, que é o turístico, que são motivados pela busca de lazer, cultura e religião, esse processo motiva a comercialização de viagens em grande escala a custos mais reduzidos (pacotes de viagens), mas esse tipo de fluxo é privilégio de uma restrita parcela da população mundial.
Os principais países que atraem turistas são Alemanha, Japão e EUA, o volume do faturamento decorrente a atividade é de aproximadamente 4,5 trilhões de dólares, gerando cerca de 200 milhões de empregos em todo o mundo.
Fuga de cérebros
Alguns países que vivem em extrema pobreza, como os africanos, por exemplo, perdem seus grandes estudiosos e cientistas para os países centrais. A Rússia perdeu grande parte de seus cientistas; na Índia, os doutores que chegam a custar ao governo cerca de 2 milhões de dólares saem do país e vão compor o quadro de universidades e centro de pesquisas de países centrais.
Nas Filipinas, milhares de estudantes vão para outros países; em El Salvador, na América Central, praticamente 50% da sua população foi para os Estados Unidos; no Brasil, na década de 60 - período militar, ocorreu grande incidência de migração de importantes pensadores e estudiosos para vários lugares do mundo, que significou enormes perdas ao país.
Esse fluxo migratório em relação os profissionais de alta qualificação prejudica enormemente os países de origem, por não contribuir com o crescimento tecnológico, científico e informacional, requisitos indispensáveis ao desenvolvimento de qualquer país, já os países que os recebem, em grande maioria ricos, são beneficiados por garantir sua hegemonia e a concentração de informação e tecnologias em suas mãos.
Em contrapartida, esses fenômenos surpreendem em outro sentido, em El Salvador os trabalhadores imigrantes mandam mais dinheiro do que o volume de exportação do país; já nas Filipinas, milhares de enfermeiras se formam com o intuito de serem “exportadas”, pois quando estão trabalhando enviam remessas de dinheiro que superam o valor gasto com educação.
O deslocamento de pessoas no mundo

FONTES 
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/migracao-cerebros.htm

quarta-feira, 18 de março de 2020

Geografia: Economia global e Mundialização - 9º ano


Globalização
A globalização é um processo de integração social, econômica e cultural entre as diferentes regiões do planeta. A globalização é um dos termos mais frequentemente empregados para descrever a atual conjuntura do sistema capitalista e sua consolidação no mundo. Na prática, ela é vista como a total ou parcial integração entre as diferentes localidades do planeta e a maior instrumentalização proporcionada pelos sistemas de comunicação e transporte.
           Mas o que é globalização exatamente?
O conceito de globalização é dado por diferentes maneiras conforme os mais diversos autores em Geografia, Ciências Sociais, Economia, Filosofia e História que se pautaram em seu estudo. Em uma tentativa de síntese, podemos dizer que a globalização é entendida como a integração com maior intensidade das relações socioespaciais em escala mundial, instrumentalizada pela conexão entre as diferentes partes do globo terrestre. Vale lembrar, no entanto, que esse conceito não se refere simplesmente a uma ocasião ou acontecimento, mas a um processo. Isso significa dizer que a principal característica da globalização é o fato de ela estar em constante evolução e transformação, de modo que a integração mundial por ela gerada é cada vez maior ao longo do tempo.
Há um século, por exemplo, a velocidade da comunicação entre diferentes partes do planeta até existia, porém ela era muito menos rápida e eficiente que a dos dias atuais, que, por sua vez, poderá ser considerada menos eficiente em comparação com as prováveis evoluções técnicas que ocorrerão nas próximas décadas. Podemos dizer, então, que o mundo encontra-se cada dia mais globalizado.
O avanço realizado nos sistemas de comunicação e transporte, responsável pelo avanço e consolidação da globalização atual, propiciou uma integração que aconteceu de tal forma que tornou comum a expressão “aldeia global”. O termo “aldeia” faz referência a algo pequeno, onde todas as coisas estão próximas umas das outras, o que remete à ideia de que a integração mundial no meio técnico-informacional tornou o planeta metaforicamente menor.
                            A origem da Globalização
Não existe um total consenso sobre qual é a origem do processo de globalização. O termo em si só veio a ser elaborado a partir da década de 1980, tendo uma maior difusão após a queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria. No entanto, são muitos os autores que defendem que a globalização tenha se iniciado a partir da expansão marítimo-comercial europeia, no final do século XV e início do século XVI, momento no qual o sistema capitalista iniciou sua expansão pelo mundo.
De toda forma, como já dissemos, ela foi gradativamente apresentando evoluções, recebendo incrementos substanciais com as transformações tecnológicas proporcionadas pelas três revoluções industriais. Nesse caso, cabe um destaque especial para a última delas, também chamada de Revolução Técnico-Científica-Informacional, iniciada a partir de meados do século XX e que ainda se encontra em fase de ocorrência. Nesse processo, intensificaram-se os avanços técnicos no contexto dos sistemas de informação, com destaque para a difusão dos aparelhos eletrônicos e da internet, além de uma maior evolução nos meios de transporte.
Portanto, a título de síntese, podemos considerar que, se a globalização iniciou-se há cerca de cinco séculos aproximadamente, ela consolidou-se de forma mais elaborada e desenvolvida ao longo dos últimos 50 anos, a partir da segunda metade do século XX em diante.
    Características da globalização / aspectos positivos e negativos
Uma das características da globalização é o fato de ela se manifestar nos mais diversos campos que sustentam e compõem a sociedade: cultura, espaço geográfico, educação, política, direitos humanos, saúde e, principalmente, a economia. Dessa forma, quando uma prática cultural chinesa é vivenciada nos Estados Unidos ou quando uma manifestação tradicional africana é revivida no Brasil, temos a evidência de como as sociedades integram suas culturas, influenciando-se mutuamente.
Existem muitos autores que apontam os problemas e os aspectos negativos da globalização, embora existam muitas polêmicas e discordâncias no cerne desse debate. De toda forma, considera-se que o principal entre os problemas da globalização é uma eventual desigualdade social por ela proporcionada, em que o poder e a renda encontram-se em maior parte concentrados nas mãos de uma minoria, o que atrela a questão às contradições do capitalismo.
A ECONOMIA GLOBAL
economia global é o termo empregado em referência aos fluxos econômicos que se difundiram espacialmente por todo o mundo em razão do processo de globalização ou mundialização do capitalismo. Sua forma mais completa e acabada constituiu-se ao final do século XX, mais precisamente após a Guerra Fria, quando o sistema capitalista e todas as suas formas de produção difundiram-se em todas as partes do globo terrestre.
Em linhas gerais, a globalização econômica estrutura-se por meio de uma rede que envolve fixos e fluxos, ou seja, uma série de ligações entre os diferentes pontos por onde circulam mercadorias, capitais, investimentos e até empregos. Os principais centros desse sistema são as chamadas cidades globais, que abrigam as bolsas de valores, além de sedes de empresas e instituições de cunho internacional.
expansão da economia global fica evidente quando analisamos o aumento do número de importações realizadas em todo o mundo, ou seja, o quanto as mercadorias foram comercializadas entre diferentes países. Em 1950, o número de importações era de 64 bilhões de dólares; em 1980, esse valor saltou para mais de 2,5 trilhões; em 2010, esse número já havia alcançado a marca de 15,3 trilhões de dólares, segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC).
A grande razão para o elevado crescimento dos números do comércio internacional nos últimos tempos está nos avanços alcançados pelos sistemas de transporte e comunicação, que agora apresentam uma conectividade em nível global, permitindo a rápida difusão de informações e também de mercadorias e capital. Atualmente, com apenas alguns cliques, empresas e bancos fazem transações milionárias com dinheiro que se apresenta somente na forma de bits de computador. A era da informação, tal qual é chamada atualmente, permite o rápido deslocamento de qualquer coisa no espaço geográfico em um rápido período de tempo.
Aliás, não existem mais impeditivos em termos instrumentais para a total integração comercial de todas as economias. Afinal, já existe tecnologia suficiente para permitir a rápida comercialização entre quaisquer países, embora muitos deles não disponham de recursos e infraestruturas necessárias para o escoamento de produtos, além de importações em grandes quantidades. O principal entrave, atualmente, para o prosseguimento da expansão da economia global é o grande protecionismo comercial existente em alguns países, principalmente os desenvolvidos, que muitas vezes priorizam seus mercados internos em detrimento das importações por intermédio das chamadas barreiras alfandegárias.
De toda forma, a economia global encontra-se mais do que consolidada. Quem exerce papel preponderante nesse cenário não são os governos ou os Estados Nacionais, mas sim as empresas privadas, sobretudo as multinacionais, também chamadas de transnacionais ou empresas globais. Elas, muitas vezes, dispersam seus processos produtivos em várias partes do mundo em busca de fácil acesso a matérias-primas, incentivos fiscais e mão de obra barata. Além disso, muitas dessas empresas dominam o mercado consumidor em várias partes do mundo, consolidando fusões entre si (trustes) e unindo-se em um grupo de empresas de administração comum (holdings).

Até a próxima!