Os
fluxos populacionais foram incrementados a partir do desenvolvimento do sistema
de transporte (Rodoviário, hidroviário, ferroviário e aéreo) e das
telecomunicações, que ofereceram maior mobilidade às pessoas em todo mundo.
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), aproximadamente 175 milhões de
pessoas vivem fora do país de origem.
Os
fluxos populacionais entre países são denominados de migrações internacionais,
essas podem ocorrer por atração ou por repulsão, a primeira geralmente acontece
quando as pessoas vivem em países nos quais não há boas condições de vida e de
trabalho, são atraídas rumo a países desenvolvidos, como Estados Unidos, países
da Europa desenvolvida e Japão, a segunda são migrações onde o indivíduo deixa
seu país devido a problemas políticos, perseguições, guerras, entre outros.
A
maioria das migrações internacionais ocorre pela busca de trabalho, as
principais correntes migratórias emergem de Latino-Americanos, Africanos e
Asiáticos em direção aos EUA, Europa e Japão. Os trabalhadores migrantes enviam
dinheiro para sua terra natal, algumas estimativas revelam que eles movimentam
anualmente cerca de 58 bilhões de dólares, o Brasil, por exemplo, recebe
anualmente cerca de 2,8 bilhões de dólares enviados por brasileiros que vivem
no exterior.
Os
brasileiros por vários motivos saem do país, o movimento de saída do país é
chamado de emigração, o de entrada de estrangeiro é denominado de imigração. O
que levam os brasileiros a sair do país rumo a outro, são as sucessivas crises
econômicas, hoje existem cerca de 2 milhões de brasileiros vivendo no exterior
de forma clandestina.
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Outra
modalidade de migração internacional é a de fluxo de refugiados, indivíduos que
sofrem perseguições de ordem política, religiosa ou étnica. Na década de 1970,
havia cerca de 2,5 milhões de refugiados, hoje esse número chega aos 25
milhões, decorrentes de acontecimentos geopolíticos como: o fim do socialismo, a
diminuição de ajudas financeiras e humanitárias e principalmente pela expansão
do fundamentalismo Islâmico.
São
considerados migrantes refugiados cerca de 25 milhões de pessoas, que foram
obrigados a deixar seus lares devido a problemas ambientais, como desmatamento,
desertificação, erosão dos solos e desastres químicos e nucleares.
As
origens dos refugiados são as mais variadas, mas geralmente possuem algumas
características, como origem de países subdesenvolvidos, no qual a renda per
capita média está abaixo de 500 dólares e há alto índice de analfabetismo,
governos ditatoriais que violam os direitos humanos de determinada parcela da
população, na forma de perseguições políticas e torturas, extermínio étnico e
discriminações religiosas e culturais.
Por
fim, existe um fluxo, agora sem agravante, que é o turístico, que são motivados
pela busca de lazer, cultura e religião, esse processo motiva a comercialização
de viagens em grande escala a custos mais reduzidos (pacotes de viagens), mas
esse tipo de fluxo é privilégio de uma restrita parcela da população mundial.
Os
principais países que atraem turistas são Alemanha, Japão e EUA, o volume do
faturamento decorrente a atividade é de aproximadamente 4,5 trilhões de
dólares, gerando cerca de 200 milhões de empregos em todo o mundo.
Fuga
de cérebros
Alguns
países que vivem em extrema pobreza, como os africanos, por exemplo, perdem
seus grandes estudiosos e cientistas para os países centrais. A Rússia perdeu
grande parte de seus cientistas; na Índia, os doutores que chegam a custar ao
governo cerca de 2 milhões de dólares saem do país e vão compor o quadro de
universidades e centro de pesquisas de países centrais.
Nas Filipinas, milhares de estudantes vão para outros países; em El Salvador, na América Central, praticamente 50% da sua população foi para os Estados Unidos; no Brasil, na década de 60 - período militar, ocorreu grande incidência de migração de importantes pensadores e estudiosos para vários lugares do mundo, que significou enormes perdas ao país.
Esse fluxo migratório em relação os profissionais de alta qualificação prejudica enormemente os países de origem, por não contribuir com o crescimento tecnológico, científico e informacional, requisitos indispensáveis ao desenvolvimento de qualquer país, já os países que os recebem, em grande maioria ricos, são beneficiados por garantir sua hegemonia e a concentração de informação e tecnologias em suas mãos.
Em contrapartida, esses fenômenos surpreendem em outro sentido, em El Salvador os trabalhadores imigrantes mandam mais dinheiro do que o volume de exportação do país; já nas Filipinas, milhares de enfermeiras se formam com o intuito de serem “exportadas”, pois quando estão trabalhando enviam remessas de dinheiro que superam o valor gasto com educação.
Nas Filipinas, milhares de estudantes vão para outros países; em El Salvador, na América Central, praticamente 50% da sua população foi para os Estados Unidos; no Brasil, na década de 60 - período militar, ocorreu grande incidência de migração de importantes pensadores e estudiosos para vários lugares do mundo, que significou enormes perdas ao país.
Esse fluxo migratório em relação os profissionais de alta qualificação prejudica enormemente os países de origem, por não contribuir com o crescimento tecnológico, científico e informacional, requisitos indispensáveis ao desenvolvimento de qualquer país, já os países que os recebem, em grande maioria ricos, são beneficiados por garantir sua hegemonia e a concentração de informação e tecnologias em suas mãos.
Em contrapartida, esses fenômenos surpreendem em outro sentido, em El Salvador os trabalhadores imigrantes mandam mais dinheiro do que o volume de exportação do país; já nas Filipinas, milhares de enfermeiras se formam com o intuito de serem “exportadas”, pois quando estão trabalhando enviam remessas de dinheiro que superam o valor gasto com educação.
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O deslocamento de pessoas no mundo |
FONTES
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