quarta-feira, 25 de março de 2020

Geografia: Socialismo na URSS - 9º ano


Socialismo na URSS /Ascensão a Decadência

União Soviética ou União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) foi uma nação que existiu entre 1922 e 1991. A União Soviética surgiu como resultado direto da Revolução Russa, que aconteceu em 1917 e transformou a Rússia em uma nação socialista. As transformações nesse levaram à sua unificação com outras repúblicas soviéticas no começo da década de 1920.
A União Soviética foi o símbolo mundial do socialismo e liderou o bloco comunista durante os anos da Guerra Fria. Ao final da década de 1970, a União Soviética iniciou uma forte crise econômica que levou o país à recessão e a uma crise política, a qual contribuiu para a fragmentação da União Soviética e o seu fim, em 1991.
A URSS era composta por 15 diferentes repúblicas que conquistaram a sua independência ao fim dessa nação, em 1991. Essas eram:
·         Rússia
·         Ucrânia
·         Belarus
·         Estônia
·         Letônia
·         Lituânia
·         Armênia
·         Geórgia
·         Moldávia
·         Azerbaijão
·         Cazaquistão
·         Tadjiquistão
·         Quirguistão
·         Turcomenistão
·         Uzbequistão

Nem todas essas repúblicas faziam parte da URSS desde seu início, pois algumas delas, como as nações bálticas (Lituânia, Letônia e Estônia), foram anexadas ao território soviético somente a partir da década de 1940. As repúblicas soviéticas englobavam uma grande diversidade étnica e cultural, e a Rússia era a maior e mais poderosa nação soviética.
Essa diversidade étnica reflete-se até mesmo na Rússia atual, a grande herdeira do legado soviético que tem em seu território mais de 20 repúblicas autônomas, cada qual com traços culturais e idioma próprios, como a Chechênia.

Formação da União Soviética


A origem da URSS está diretamente relacionada à Revolução Russa de 1917.
origem da União Soviética está diretamente relacionada com a Revolução Russa de 1917, o movimento que consolidou a ascensão dos bolcheviques ao poder da Rússia. Os bolcheviques, liderados por Vladimir Lenin, conseguiram destituir o Governo Provisório, que havia derrubado a monarquia czarista no começo de 1917.
Logo depois que Lenin assumiu o poder, foi criada a Rússia soviética e então iniciado um período de guerra civil, quando forças de oposição, auxiliadas por nações estrangeiras, iniciaram uma reação contrarrevolucionária. A Guerra Civil Russa estendeu-se de 1918 a 1921, deixando um saldo de milhões de mortos e o país arrasado.
Durante esse conflito, foi criado o Exército Vermelho, com o objeto de defender a revolução da invasão internacional. Uma vez vitoriosos na guerra civil, o governo comunista usou suas tropas para assegurar a implantação do socialismo no interior do território soviético, e isso contribuiu para a unificação de uma série de nações que formaram a URSS no final de 1922.

A disputa pelo poder

Vladimir Lenin foi o líder dos bolcheviques na Revolução Russa e governou a União Soviética de 1917 a 1924.
Assim que os bolcheviques tomaram o poder da Rússia, a liderança do país foi exercida por Vladimir Lenin, até 1924. Nesse período, esse realizou transformações na Rússia, ao mesmo tempo em que preservou estruturas para garantir a governabilidade do país abalado pela guerra. Na economia destacou-se a Nova Política Econômica (NEP).
Esse plano econômico foi implantado a partir de 1921, depois que foi aprovado no  Congresso do Partido Comunista. Essa política foi uma reintrodução da economia de mercado na URSS como medida emergencial para recuperar a economia do país, destruída após a guerra. Consistiu basicamente no desmantelamento de medidas revolucionárias tomadas entre 1917 e 1921.
Em 1922, porém, um grande baque abateu-se sobre a URSS: a saúde de Lenin deteriorou-se. O governante da Rússia soviética (que se tornaria URSS no fim daquele ano) sofreu um AVC e precisou afastar-se das suas funções para recuperar sua saúde. A situação de Lenin piorou até a sua morte, em janeiro de 1924.
O declínio da saúde de Lenin levou a uma disputa pelo poder na URSS que se concentrou em dois grandes nomes do Partido Comunista: Josef Stalin e Leon Trotsky. Outros nomes do partido, como Grigori Zinoviev e Lev Kamenev, envolveram-se na disputaram pelo poder, mas Stalin prevaleceu como secretário-geral da URSS.
Ao todo a URSS teve sete governantes diferentes. A lista de governantes soviéticos é a seguinte:
·         Vladimir Lenin (1917-1924)
·         Josef Stalin (1924-1953)
·         Nikita Kruschev (1953-1964)
·         Leonid Brejnev (1964-1982)
·         Yuri Andropov (1982-1984)
·         Konstantin Chernenko (1984-1985)
·         Mikhail Gorbachev (1985-1991)
Stalinismo

Josef Stalin governou a URSS de 1924 e 1953 e ficou marcado pelo autoritarismo e pela perseguição aos opositores.
stalinismo foi o período pelo qual a URSS foi governada por Josef Stalin. Isso aconteceu entre 1924 e 1953, e a ascensão de Stalin, como mencionado, aconteceu depois de uma disputa pelo poder com Trostky. A visão de poder do primeiro defendia o “socialismo em um só país”, ideia que entrava em choque com a teoria de revolução permanente e internacional defendida pelo segundo.
O stalinismo é entendido por muitos historiadores como um regime totalitário, dado o alto nível de autoritarismo praticado durante esse período da história soviética. O regime stalinista ficou marcado pelo culto ao líder implementado a partir da década de 1930 e pela perseguição a qualquer tipo de oposição interna.
Durante seu governo, Stalin ordenou a prisão e execução de milhões de pessoas. Muitas dessas prisões eram resultado da paranoia de Stalin, que acreditava que todos conspiravam contra ele. Muitos dos presos eram enviados para campos de trabalho forçado, os gulags, locais em que trabalhavam até a exaustão ou então eram executados.
A atuação de Stalin de eliminar qualquer tipo de oposição interna levou-o a expulsar Trotsky da União Soviética em 1929 e a ordenar sua execução em 1940, enquanto esse estava exilado no México. Até mesmo pessoas que haviam sido suas aliadas, como Nikolai Bukharin, foram executadas a mando do ditador soviético.
Além de ser responsável pela prisão e execução de milhões, o governo stalinista também foi responsável pela morte de milhões de pessoas de fome como resultado da coletivização das fazendas soviéticas, que aconteceu no começo da década de 1930. Os camponeses eram obrigados a trabalhar nas terras tomadas pelo Estado e a entregar a totalidade de sua produção. A falta de alimentos levou à morte de milhões por inanição, sobretudo na Ucrânia.
O stalinismo marcou também o investimento maciço no desenvolvimento industrial do país por meio dos Planos Quinquenais. O historiador Lewis Siegelbaum apresenta dados que mostram que o Plano Quinquenal buscava aumentar o investimento na indústria em 228%, a produção industrial em 180%, a geração de eletricidade em 335%, e a força de trabalho industrial em 39%. Stalin governou a União Soviética até 1953, ano de sua morte.
União Soviética na Segunda Guerra

Em 1941, a União Soviética foi invadida pelas tropas nazistas por meio da Operação Barbarossa.
O envolvimento da União Soviética na Segunda Guerra Mundial foi fundamental para a derrota do Nazismo. Em agosto de 1939, o país assinou um Pacto de Não-Agressão com a Alemanha Nazista, o que abriu caminho para que os alemães iniciassem seu ataque contra a Polônia. Com esse acordo, os soviéticos também deram início aos seus planos de invasão do território polonês.
Entre 1939 e 1941, os soviéticos estiveram envolvidos em pequenos cenários de guerra: a Batalha de Khalkhin Gol e a Guerra de Inverno. Além disso, estiveram envolvidos com a morte de mais de 20 mil poloneses no Massacre de Katyn, realizado pela polícia secreta soviética, o NKVD.
A partir de junho de 1941, a entrada da União Soviética na guerra deu-se quando os nazistas deram início à Operação Barbarossa, o plano de invasão e conquista do território soviético. Apesar de inúmeros avisos, Stalin deixou a URSS desprotegida. Os primeiros meses da batalha dos soviéticos contra os alemães ficaram marcados por inúmeras derrotas.
Os soviéticos viram-se encurralados em diversas frentes. No norte, os alemães cercaram Leningrado e deixaram a cidade morrer de fome; no centro, ficaram a poucos quilômetros de Moscou; e no Sul investiram pesado contra Stalingrado e o Cáucaso. A resistência soviética em Stalingrado durante a batalha que se travou naquela cidade foi responsável por quebrar a força do exército nazista.
Outra batalha importante ocorreu em Kursk quando os soviéticos forçaram os nazistas a interromperem sua última ofensiva na frente da batalha oriental. Os soviéticos acabaram realizando todo o trabalho de libertação do Leste Europeu do domínio nazista. A última batalha dos soviéticos contra os nazistas deu-se durante a Batalha de Berlim, que marcou a capitulação do nazismo na guerra.
Guerra Fria
Depois da Segunda Guerra Mundial, a URSS emergiu como potência mundial possuindo um grande poderio militar e econômico, apesar de toda a destruição e de, aproximadamente, 20 milhões de mortos durante a Segunda Guerra Mundial. O estabelecimento de tropas soviéticas no Leste Europeu fez surgir naquela região regimes comunistas que se tornaram parte do bloco comunista, que foi liderado pelos soviéticos ao longo dos anos da Guerra Fria.
A disputa dos soviéticos pela hegemonia mundial, entre 1947 e 1991, fez com que pesados investimentos fossem realizados em áreas como esporteindústria bélica e tecnologia. A corrida espacial, por exemplo, foi um campo em que os soviéticos disputaram a hegemonia contra os americanos.
bloco comunista, por sua vez, ficou marcado pela falta de liberdade política evidenciada por inúmeras intervenções autoritárias dos soviéticos no bloco comunista, como as que aconteceram na Hungria, em 1956, e na Checoslováquia, em 1968. A construção do Muro de Berlim foi também outra demonstração da ação autoritária dos governos comunistas ao impedir que a população da Alemanha Oriental tivesse direito de mudar-se para a Alemanha Ocidental.
Desestalinização
Stalin faleceu em 1953, e o poder na URSS foi transmitido para Nikita Kruschev. O novo governante soviético ficou responsável pelo que ficou conhecido como desestalinização. Kruschev tratou de pôr fim ao culto à personalidade de Stalin por meio de denúncias dos crimes cometidos pelo regime stalinista.
Entre as medidas tomadas pela desestalinização estava a reabilitação de pessoas que haviam sido condenadas durante o governo stalinista. O grande símbolo da desestalinização da URSS foi um discurso de Nikita Kruschev durante o XX Congresso do Partido Comunista, que aconteceu no ano de 1956.
Segundo o historiador Gregory L. Freeze, Kruschev, durante esse discurso, “apresentou uma exposição devastadora dos crimes de Stalin após o assassinato de Kirov em dezembro de 1934”. O discurso de Kruschev comentou crimes realizados durante a década de 1930, durante a guerra e no pós-guerra.
Decadência


decadência da URSS iniciou-se durante o governo de Leonid Brejnev, presidente do país entre 1964 e 1982. O período em que Brejnev esteve à frente da União Soviética é considerado como um período de grande estagnação que deu início ao fim da URSS. Brejnev colocou fim à reformulação dos quadros do governo e fez com que os cargos administrativos fossem ocupados por uma mesma pessoa durante anos.
Isso resultou no envelhecimento da idade média dos membros de governo e prejudicou a qualidade do trabalho prestado nos cargos governamentais. Gregory L. Freeze ainda mencionou que isso, a longo prazo, contribuiu para assentar a corrupção entre as fileiras do governo, sobretudo nos cargos do alto escalão.
Outro ponto negativo do governo de Brejnev foi a economia. Da década de 1970 em diante, inúmeros indicativos demonstraram o enfraquecimento da economia soviética. O crescimento do PIB recuou drasticamente e a quantidade de trabalhadores disponíveis caiu sensivelmente. Por fim, a agricultura em crise e a queda no crescimento industrial completaram o quadro da crise econômica soviética.
Apesar de uma economia em declínio, a situação era mascarada pela quantidade de dinheiro que entrava no país por meio do petróleo e do ouro — dois produtos que estavam com preços elevados no mercado internacional na época. Isso ajudou a esconder as deficiências da economia soviética, criando uma sensação de que a economia ia bem.
crise da economia soviética agravou-se quando o país resolveu invadir o Afeganistão para garantir a sustentação do regime comunista que existia naquele país. Ao longo de uma década, essa guerra custou bilhões de dólares e sangrou a economia da URSS. Quando Brejnev morreu, em 1982, a URSS estava em uma crise econômica enorme e a oposição contra o regime soviético começou a crescer.
Em 1986, o acidente nuclear em Chernobyl só agravou a situação, uma vez que a URSS teve de gastar uma grande quantidade de dinheiro para conter que o desastre nuclear fosse maior. Quando Mikhail Gorbachev assumiu a presidência, em 1985, a situação era caótica e ele procurou realizar reformas no país.
Glasnost e Perestroika

Mikhail Gorbachev defendia a necessidade de reformas a fim de restabelecer a União Soviética, e, para isso, colocou em prática a perestroika (reconstrução econômica) e a glasnost (transparência política). A perestroika tinha como princípio reduzir o envolvimento do Estado soviético com a economia e permitiu, depois de décadas, que investimentos privados pudessem ser realizados na economia do país.
glasnost, por sua vez, consistia em uma espécie de abertura política que tinha como objetivo combater o autoritarismo e a falta de liberdade que marcavam o país. Com a glasnost, foi permitida a publicação de livros que até então eram proibidos; presos políticos foram libertados; e críticas ao governo começaram a ser permitidas. Caso tenha interesse, sugerimos a leitura do texto sobre esse assunto: Perestroika e glasnost na URSS
Fim da URSS
A situação da União Soviética começou a deteriorar-se rapidamente durante o governo de Gorbachev, e as reformas na economia não deram os retornos esperados de imediato. A economia piorou e a situação interna agravou-se com o surgimento de movimentos de autodeterminação em partes do território soviético.
As medidas tomadas por Gorbachev (incluindo as reformas realizadas) desagradavam uma ala mais tradicional do Partido Comunista, e, em agosto de 1991, foi realizada uma tentativa de golpe de Estado, mas essa tentativa fracassou e Gorbachev manteve-se à frente da URSS.
Os movimentos de autodeterminação e as declarações de independência que foram realizadas entre 1990 e 1991 tornaram a existência da União Soviética insustentável, e, em 25 de dezembro de 1991, Gorbachev renunciou. No dia seguinte, a União Soviética foi dissolvida e, em Moscou, a bandeira soviética foi substituída pela bandeira russa.
Em 1941, a União Soviética foi invadida pelas tropas nazistas por meio da Operação Barbarossa.
A União Soviética existiu entre 1922 e 1991 e foi resultado direto da implantação do socialismo na Rússia, por meio da Revolução Russa de 1917.


ATIVIDADES:
1- 

Geografia: A crise do Socialismo no Leste Europeu - 9º ano


Crise do Socialismo no Leste Europeu

O Muro de Berlim construído em 1961 tinha como objetivo dividir a Alemanha em duas novas repúblicas, uma liderada pelos Estados Unidos e a outra comandada pela União Soviética.
A obra se tornou o principal símbolo do antagonismo entre capitalismo e socialismo durante a Guerra Fria. Sua derrubada em 1989 representou o colapso do regime socialista nos países do leste europeu.
Contexto Histórico
O desenvolvimento industrial iniciado no século XVIII pela Inglaterra provocaria intensas transformações na configuração das sociedades. A intensificação da produção estimularia o crescimento das cidades e o aumento do êxodo rural de trabalhadores em busca de uma oportunidade profissional nas indústrias em expansão.
O capitalismo se firmou como modelo econômico orientador das novas relações de trabalho, o surgimento de uma nova classe social, o proletário também seria uma das consequências da revolução industrial.
O Capitalismo pode ser definido como um sistema socioeconômico que defende a liberdade comercial, a propriedade privada, a obtenção de lucro e o acúmulo de capital. Esse modelo se intensificaria ainda mais no século XIX, o crescimento industrial geraria um aumento da classe proletária, a péssima condição de vida do trabalhador levaria ao surgimento de correntes ideológicas que condenariam o estilo adotado pelo capitalismo.
Segundo essas correntes, a busca desenfreada pelo lucro massacrava o trabalhador e intensificava a luta de classes.
Nesse contexto, Karl Marx e Friedrich Engels, iniciam no século XIX uma profunda análise da sociedade instituída pelo capitalismo, a partir desse estudo eles criam uma doutrina política conhecida como Socialismo Científico ou Marxismo.
De acordo com essa nova corrente ideológica, o capitalismo é responsável pelo aumento das desigualdades entre as classes sociais e a alternativa para o fim dessas distinções seria a adoção do socialismo como modelo socioeconômico e político para a transformação da sociedade.
O Socialismo idealizado por Marx e Engels seria concretizado após uma revolução liderada pelo proletariado em que estes governariam em função do povo. A primeira medida seria acabar com a propriedade privada e coletivizar a terra e os meios de produção. A implantação do comunismo segundo esses teóricos seria capaz de eliminar as lutas de classes e as desigualdades sociais.
Teoricamente o Socialismo Científico representava um modelo bastante atrativo a serem seguidos, muitos países o adotaram como regime político, econômico e social, porém a forma como ele foi implantado não foi capaz de sanar os problemas sociais, pelo contrário ele foi responsável pela intensificação das desigualdades e da crise econômica.
O socialismo ganharia destaque ao final da Segunda Guerra Mundial com a vitória da União Soviética no conflito. Desde a Revolução Russa de 1917, os países integrantes da nação soviética adotaram o socialismo, com o desfecho da Guerra, a nova potência entraria em uma disputa com os Estados Unidos pela hegemonia mundial.
Os países do leste europeu devastados com os conflitos durante a Segunda Guerra Mundial não possuíam força política e econômica para se reconstruírem, a União Soviética oferece ajuda a esses países aumentando assim a sua influência na região. Um por um os países do leste europeu foram se aliando aos soviéticos e implanto o regime socialista. URSS, Alemanha Oriental, Polônia, Tchecoslováquia, Romênia, Hungria e Bulgária faziam parte do grupo de aliado da potência soviética.
Crise do Socialismo
A crise do socialismo do leste europeu seria motivada pela insatisfação dos governos com a política empreendida pela União Soviética. A grande potência socialista não foi capaz de retirar esses países da crise, isso demonstrou que a aliança dos soviéticos com os integrantes do leste europeu não passou de uma estratégia para aumentar o seu domínio na região e conquistar mais aliados capazes de auxiliá-los em caso de uma guerra contra os Estados Unidos.
O descontentamento atingiria também a Alemanha, que ao final da Segunda Guerra foi dividida em Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental, respectivamente comandadas pelos governos norte-americanos e soviéticos.
Enquanto a Alemanha Ocidental apresentava um grande crescimento econômico estimulado pela política liberal dos Estados Unidos, a Alemanha Oriental permanecia estagnada, o que estimulava a migração dos alemães para o lado ocidental.
A intensa fuga para a Alemanha Ocidental ocasionou na construção do Muro de Berlim em 1961. Eficiente na política de evitar a passagem para o lado ocidental, o Muro se transformou no maior símbolo da divisão entre capitalismo e socialismo.
Alguns fatores que intensificaram a crise no leste europeu:
·         Forte centralização do Estado;
·         Ditadura estabelecida por um partido único: o Partido Comunista;
·         Denúncias de casos de corrupção envolvendo o alto escalão do Partido Comunista da União Soviética;
·         Falta de investimentos nas indústrias de bens de consumo, o que gerava a falta de produtos básicos para a sobrevivência da população, a União Soviética se preocupava excessivamente com a indústria bélica;
·         Insatisfação popular com o governo soviético;
·         Diminuição da atividade agropecuária e industrial;
·         Desemprego.
A ascensão de Mikhail Gorbatchev em 1985 ao governo da União Soviética seria fundamental para a transformação da história do socialismo no leste europeu. Gorbachev apresentou uma série de propostas de reformas políticas em todas as esferas do governo que visavam não só o desenvolvimento econômico, mas também social da União Soviética.
O novo líder comunista surpreendeu ao demonstrar ao mundo o desejo de um alinhamento político com as demais nações, inclusive com os Estados Unidos. Outro fator que merece destaque nesse governo é a suspensão dos testes nucleares e da Corrida Armamentista.
O lançamento em 1986 dos programas conhecidos como glasnost e perestroika contribuiria para o aceleramento do fim do socialismo. A glasnost representava uma tentativa de seguir uma política transparente capaz de acabar com a corrupção de conceder mais liberdade política e individual. A perestroika era um plano econômico que diminuía a interferência do Estado nas relações comerciais e estimulava a adoção do liberalismo político.
As reformas promovidas por Gorbachev estimularam muitos países a romper relações com o governo soviético, aos poucos a União Soviética foi se desintegrando. A crise do socialismo no leste europeu provocou o fim do regime na Alemanha Oriental, com o consentimento dos Estados Unidos e do presidente soviético, os alemães iniciaram a derrubada do Muro de Berlim em 1989. A junção desses fatos provocou a decadência do socialismo e a passagem gradual para o modelo capitalista.

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Muro de Berlim
ttps://escolaeducacao.com.br/crise-do-socialismo-no-leste-europeu/




Bons estudos e até a próxima!

terça-feira, 24 de março de 2020

Ensino Religioso: Combate ao bullying e Coronavírus


Professores e alunos,
Na semana do dia 09/03 a 17/03/2020, desenvolvi um trabalho nas turmas dos 8ºs anos nas aulas de Ensino Religioso a abordagem dos temas “malefícios e benefícios das redes sociais”.
- Assuntos discutidos: NEGATIVOS - Mundo faz de conta das redes sociais, Amigos “virtuais”, possíveis contatos com criminosos, perfis falsos, depressão e solidão, divulgação de técnicas de suicídio e brincadeiras violentas, cyberbullying, Fake News, falta de moderação ocasionando reducação de atividades físicas, alimentação inadequada, perda de sono, entre outros;
- POSITIVOS – Ampla divulgação de trabalhos, vendas de produtos, relacionamentos saudáveis, formação escolar, rapidez de informações verdadeiras e eficazes, liberdade de expressão, exposição de ideias, entre outros.
A aula foi planejada de acordo com a competência 5 da BNCC (Competência 5: Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.) e da habilidade (EF08ER07X) Inventariar e analisar as formas de uso e as influências das mídias e novas tecnologias de informação e comunicação (TIC), como as redes sociais, pelas diferentes denominações religiosas.
            Após debate, aula expositiva e uma breve anotação, os alunos responderam um questionário. Em seguida foi apresentado à turma uma proposta de trabalho avaliativo.
O passo a passo foi:
- Formação de grupos;
- Escolha de um líder para cada grupo;
- Criação de um grupo no WhatsApp somente com os líderes dos grupos;
- Cada grupo deveria criar uma mensagem de combate ao bullying e uma maneira de conscientização sobre a pandemia COVID-19;
- Sugestões apontadas na turma: criação de memes, vídeos, tirinhas, charges, cartazes, entrevistas, etc. A mais escolhida pela turma foi a criação de memes, seguida de vídeo e cartazes;
- Inédito: Nenhum trabalho deve ser copiado da internet. Tudo criação dos alunos, devendo fazer uso da internet como fonte de pesquisa. (Explicar o que é plágio);
- Foi dado um prazo aos grupos e os trabalhos concluídos deveriam ser publicados aqui no blog pelos alunos. Infelizmente a culminância, de leva-los à sala de informática e os próprios alunos publicarem, não foi possível devida a interrupção das aulas provocadas pela pandemia. Sendo assim, os alunos enviaram via grupo WhatsApp os trabalhos realizados, concluindo com êxito a proposta inicial.
Confiram os memes, cartazes, vídeos e seus idealizadores:



Turma: 8⁰ ano I
Grupo: Ana Flávia,Emanuela,Thaís,Anna Luiza, Láysa
Imagem sobre Cyberbullying

Turma: 8° ano I  
Grupo: Maria Luísa, Danielly,Sophia,Roberto,Maryana,Gabriela.

Turma 8 ano II                                 
Grupo: Magner, Nicolly, Samuel Henrique, Pedro, Gabriel Santos, Lincoln e Simone

Turma 8 ano II 
Grupo: Felipe, Luiz Phillip, Samuel Hillux, Jhonatan, Ygor, Matheus, João Pedro e Gabriel Edmundo

Turma 8 ano II                                                    
Grupo: Roberta, Maria Clara, Maria Luisa, Ana Clara Marques, Ana Claria, Jully, Jhamilly, Joice;
Esse meme foi feito pelos alunos da educação inclusiva que tiveram o suporte dos alunos Gabriel Braga e Kayla. A professora de apoio Janice acompanhou e orientou o grupo proporcionando a interatividade e participação de todos. Esse grupo é do 8º II que também confeccionou cartazes.







Parabéns aos alunos, obrigado professora de apoio Janice pelo suporte e demais colegas de trabalhos da Escola Estadual "Conselheiro Afonso Pena" .
Observação: Devido a interrupção das aulas provocadas pela pandemia COVID-19 não foi possível realizar o trabalho na turma 8º III. O mesmo será feito no reinicio das aulas.

domingo, 22 de março de 2020

Idade Média - 7º ano

Professores e alunos,
Hoje o Blog Atividades Itinerantes em parceria com o canal no YouTube "Se liga nessa história" vem com sugestões de vídeos aulas sobre a IDADE MÉDIA. Nesse tempo de quarentena uma das melhores coisas para fazermos em casa é aproveitar esse tempo e colocarmos os estudos em dia.
Vamos lá!
- Introdução à Idade Média / CLIQUE AQUI;
- IDADE MÉDIA: 5 Conceitos Básicos / CLIQUE AQUI;
- Reino dos Francos e Império Carolíngio / CLIQUE AQUI;
- IDADE MÉDIA: Peste Negra; Guerra dos 100 anos; e Surgimento da Burguesia / CLIQUE AQUI;
- IDADE MÉDIA: Economia, Política e Sociedade / CLIQUE AQUI;
- IDADE MÉDIA: Igreja Católica / CLIQUE AQUI;
Bons estudos e até a próxima!

Geografia: Formações vegetais do Brasil 7º ano


Tipos de Vegetação
O Brasil possui uma rica diversidade de vegetação: nela se destacam oito tipos principais. Isso se deve à sua grande extensão territorial e diversidade climática.
O tipo de vegetação de determinada região irá depender, primordialmente, do seu tipo de clima. Entretanto, essa regra aplica-se somente a vegetações naturais ou nativas, pois a formação vegetal é o primeiro elemento da paisagem que o homem modifica e, portanto, está em constante transformação.  
O Brasil, por ter dimensões territoriais continentais, abriga oito tipos principais de vegetação natural. São eles:
Floresta Amazônica: de clima equatorial e conhecida como Amazônia Legal, abriga milhões de espécies animais e vegetais, sendo de vital importância ao equilíbrio ambiental do planeta. Ela é classificada como uma formação florestal Latifoliada, pois suas folhas são largas e agrupam-se densamente, geralmente atingindo grandes alturas.
Mata Atlântica: caracterizada como uma floresta latifoliada tropical e de clima tropical úmido, foi a vegetação que mais sofreu devastação no Brasil, restando apenas 7% de sua cobertura original. Era uma vegetação que se estendia do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, mas que foi intensamente degradada pelos portugueses para a extração de madeira e plantio de cana-de-açúcar.
Mapa Mental: Tipos de Vegetação no Brasil

Caatinga: é uma vegetação típica de clima semiárido, localizada no Nordeste brasileiro.  Possui plantas espinhosas e pobres em nutrientes. Nos últimos anos, vem sofrendo diversas agressões ambientais que causam empobrecimento do solo, dificultando mais ainda o desenvolvimento dessa região.
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Cerrado: típica do Planalto Central brasileiro e de clima tropical semiúmido, é a segunda maior formação vegetal do Brasil. Apesar de sua paisagem ser composta por árvores baixas e retorcidas, é a vegetação com maior biodiversidade do planeta. Somente nos últimos anos é que os ambientalistas vêm se preocupando com esse ecossistema, que sofre vários danos ambientais causados pela plantação de soja e cana-de-açúcar e pela pecuária.
Pantanal: localizada no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, é considerada uma vegetação de transição, isto é, uma formação vegetal heterogênea composta por diferentes ecossistemas. Em determinadas épocas do ano, algumas porções de área são alagadas pelas cheias dos rios e é somente nas estiagens que a vegetação se desenvolve.
Campos sulinos: também conhecidos como “pampas” e característicos de clima subtropical, apresentam vegetação rasteira com a predominância de capins e gramíneas.
Mata de Araucária: com a predominância de pinheiros e localizada no estado do Paraná, é uma vegetação típica de clima subtropical. Sua cobertura original é quase inexistente em razão da intensa exploração de madeira para fabricação de móveis.
Mangues: é um tipo de vegetação de formação litorânea, caracterizado principalmente por abranger diversas vegetações, ocorrendo em áreas baixas e, logo, sujeito à ação das marés.

MAPA MENTAL 
ALMEIDA, Regis Rodrigues de. "Tipos de Vegetação"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/os-tipos-vegetacao.htm.

                                                      Boa pesquisa e bons estudos!

sábado, 21 de março de 2020

Geografia: Fluxos populacionais e migrações internacionais - 8º ano

Os fluxos populacionais foram incrementados a partir do desenvolvimento do sistema de transporte (Rodoviário, hidroviário, ferroviário e aéreo) e das telecomunicações, que ofereceram maior mobilidade às pessoas em todo mundo. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), aproximadamente 175 milhões de pessoas vivem fora do país de origem.
Os fluxos populacionais entre países são denominados de migrações internacionais, essas podem ocorrer por atração ou por repulsão, a primeira geralmente acontece quando as pessoas vivem em países nos quais não há boas condições de vida e de trabalho, são atraídas rumo a países desenvolvidos, como Estados Unidos, países da Europa desenvolvida e Japão, a segunda são migrações onde o indivíduo deixa seu país devido a problemas políticos, perseguições, guerras, entre outros.
A maioria das migrações internacionais ocorre pela busca de trabalho, as principais correntes migratórias emergem de Latino-Americanos, Africanos e Asiáticos em direção aos EUA, Europa e Japão. Os trabalhadores migrantes enviam dinheiro para sua terra natal, algumas estimativas revelam que eles movimentam anualmente cerca de 58 bilhões de dólares, o Brasil, por exemplo, recebe anualmente cerca de 2,8 bilhões de dólares enviados por brasileiros que vivem no exterior.
Os brasileiros por vários motivos saem do país, o movimento de saída do país é chamado de emigração, o de entrada de estrangeiro é denominado de imigração. O que levam os brasileiros a sair do país rumo a outro, são as sucessivas crises econômicas, hoje existem cerca de 2 milhões de brasileiros vivendo no exterior de forma clandestina.
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Outra modalidade de migração internacional é a de fluxo de refugiados, indivíduos que sofrem perseguições de ordem política, religiosa ou étnica. Na década de 1970, havia cerca de 2,5 milhões de refugiados, hoje esse número chega aos 25 milhões, decorrentes de acontecimentos geopolíticos como: o fim do socialismo, a diminuição de ajudas financeiras e humanitárias e principalmente pela expansão do fundamentalismo Islâmico.
São considerados migrantes refugiados cerca de 25 milhões de pessoas, que foram obrigados a deixar seus lares devido a problemas ambientais, como desmatamento, desertificação, erosão dos solos e desastres químicos e nucleares.
As origens dos refugiados são as mais variadas, mas geralmente possuem algumas características, como origem de países subdesenvolvidos, no qual a renda per capita média está abaixo de 500 dólares e há alto índice de analfabetismo, governos ditatoriais que violam os direitos humanos de determinada parcela da população, na forma de perseguições políticas e torturas, extermínio étnico e discriminações religiosas e culturais.
Por fim, existe um fluxo, agora sem agravante, que é o turístico, que são motivados pela busca de lazer, cultura e religião, esse processo motiva a comercialização de viagens em grande escala a custos mais reduzidos (pacotes de viagens), mas esse tipo de fluxo é privilégio de uma restrita parcela da população mundial.
Os principais países que atraem turistas são Alemanha, Japão e EUA, o volume do faturamento decorrente a atividade é de aproximadamente 4,5 trilhões de dólares, gerando cerca de 200 milhões de empregos em todo o mundo.
Fuga de cérebros
Alguns países que vivem em extrema pobreza, como os africanos, por exemplo, perdem seus grandes estudiosos e cientistas para os países centrais. A Rússia perdeu grande parte de seus cientistas; na Índia, os doutores que chegam a custar ao governo cerca de 2 milhões de dólares saem do país e vão compor o quadro de universidades e centro de pesquisas de países centrais.
Nas Filipinas, milhares de estudantes vão para outros países; em El Salvador, na América Central, praticamente 50% da sua população foi para os Estados Unidos; no Brasil, na década de 60 - período militar, ocorreu grande incidência de migração de importantes pensadores e estudiosos para vários lugares do mundo, que significou enormes perdas ao país.
Esse fluxo migratório em relação os profissionais de alta qualificação prejudica enormemente os países de origem, por não contribuir com o crescimento tecnológico, científico e informacional, requisitos indispensáveis ao desenvolvimento de qualquer país, já os países que os recebem, em grande maioria ricos, são beneficiados por garantir sua hegemonia e a concentração de informação e tecnologias em suas mãos.
Em contrapartida, esses fenômenos surpreendem em outro sentido, em El Salvador os trabalhadores imigrantes mandam mais dinheiro do que o volume de exportação do país; já nas Filipinas, milhares de enfermeiras se formam com o intuito de serem “exportadas”, pois quando estão trabalhando enviam remessas de dinheiro que superam o valor gasto com educação.
O deslocamento de pessoas no mundo

FONTES 
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/migracao-cerebros.htm

quarta-feira, 18 de março de 2020

Geografia: Economia global e Mundialização - 9º ano


Globalização
A globalização é um processo de integração social, econômica e cultural entre as diferentes regiões do planeta. A globalização é um dos termos mais frequentemente empregados para descrever a atual conjuntura do sistema capitalista e sua consolidação no mundo. Na prática, ela é vista como a total ou parcial integração entre as diferentes localidades do planeta e a maior instrumentalização proporcionada pelos sistemas de comunicação e transporte.
           Mas o que é globalização exatamente?
O conceito de globalização é dado por diferentes maneiras conforme os mais diversos autores em Geografia, Ciências Sociais, Economia, Filosofia e História que se pautaram em seu estudo. Em uma tentativa de síntese, podemos dizer que a globalização é entendida como a integração com maior intensidade das relações socioespaciais em escala mundial, instrumentalizada pela conexão entre as diferentes partes do globo terrestre. Vale lembrar, no entanto, que esse conceito não se refere simplesmente a uma ocasião ou acontecimento, mas a um processo. Isso significa dizer que a principal característica da globalização é o fato de ela estar em constante evolução e transformação, de modo que a integração mundial por ela gerada é cada vez maior ao longo do tempo.
Há um século, por exemplo, a velocidade da comunicação entre diferentes partes do planeta até existia, porém ela era muito menos rápida e eficiente que a dos dias atuais, que, por sua vez, poderá ser considerada menos eficiente em comparação com as prováveis evoluções técnicas que ocorrerão nas próximas décadas. Podemos dizer, então, que o mundo encontra-se cada dia mais globalizado.
O avanço realizado nos sistemas de comunicação e transporte, responsável pelo avanço e consolidação da globalização atual, propiciou uma integração que aconteceu de tal forma que tornou comum a expressão “aldeia global”. O termo “aldeia” faz referência a algo pequeno, onde todas as coisas estão próximas umas das outras, o que remete à ideia de que a integração mundial no meio técnico-informacional tornou o planeta metaforicamente menor.
                            A origem da Globalização
Não existe um total consenso sobre qual é a origem do processo de globalização. O termo em si só veio a ser elaborado a partir da década de 1980, tendo uma maior difusão após a queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria. No entanto, são muitos os autores que defendem que a globalização tenha se iniciado a partir da expansão marítimo-comercial europeia, no final do século XV e início do século XVI, momento no qual o sistema capitalista iniciou sua expansão pelo mundo.
De toda forma, como já dissemos, ela foi gradativamente apresentando evoluções, recebendo incrementos substanciais com as transformações tecnológicas proporcionadas pelas três revoluções industriais. Nesse caso, cabe um destaque especial para a última delas, também chamada de Revolução Técnico-Científica-Informacional, iniciada a partir de meados do século XX e que ainda se encontra em fase de ocorrência. Nesse processo, intensificaram-se os avanços técnicos no contexto dos sistemas de informação, com destaque para a difusão dos aparelhos eletrônicos e da internet, além de uma maior evolução nos meios de transporte.
Portanto, a título de síntese, podemos considerar que, se a globalização iniciou-se há cerca de cinco séculos aproximadamente, ela consolidou-se de forma mais elaborada e desenvolvida ao longo dos últimos 50 anos, a partir da segunda metade do século XX em diante.
    Características da globalização / aspectos positivos e negativos
Uma das características da globalização é o fato de ela se manifestar nos mais diversos campos que sustentam e compõem a sociedade: cultura, espaço geográfico, educação, política, direitos humanos, saúde e, principalmente, a economia. Dessa forma, quando uma prática cultural chinesa é vivenciada nos Estados Unidos ou quando uma manifestação tradicional africana é revivida no Brasil, temos a evidência de como as sociedades integram suas culturas, influenciando-se mutuamente.
Existem muitos autores que apontam os problemas e os aspectos negativos da globalização, embora existam muitas polêmicas e discordâncias no cerne desse debate. De toda forma, considera-se que o principal entre os problemas da globalização é uma eventual desigualdade social por ela proporcionada, em que o poder e a renda encontram-se em maior parte concentrados nas mãos de uma minoria, o que atrela a questão às contradições do capitalismo.
A ECONOMIA GLOBAL
economia global é o termo empregado em referência aos fluxos econômicos que se difundiram espacialmente por todo o mundo em razão do processo de globalização ou mundialização do capitalismo. Sua forma mais completa e acabada constituiu-se ao final do século XX, mais precisamente após a Guerra Fria, quando o sistema capitalista e todas as suas formas de produção difundiram-se em todas as partes do globo terrestre.
Em linhas gerais, a globalização econômica estrutura-se por meio de uma rede que envolve fixos e fluxos, ou seja, uma série de ligações entre os diferentes pontos por onde circulam mercadorias, capitais, investimentos e até empregos. Os principais centros desse sistema são as chamadas cidades globais, que abrigam as bolsas de valores, além de sedes de empresas e instituições de cunho internacional.
expansão da economia global fica evidente quando analisamos o aumento do número de importações realizadas em todo o mundo, ou seja, o quanto as mercadorias foram comercializadas entre diferentes países. Em 1950, o número de importações era de 64 bilhões de dólares; em 1980, esse valor saltou para mais de 2,5 trilhões; em 2010, esse número já havia alcançado a marca de 15,3 trilhões de dólares, segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC).
A grande razão para o elevado crescimento dos números do comércio internacional nos últimos tempos está nos avanços alcançados pelos sistemas de transporte e comunicação, que agora apresentam uma conectividade em nível global, permitindo a rápida difusão de informações e também de mercadorias e capital. Atualmente, com apenas alguns cliques, empresas e bancos fazem transações milionárias com dinheiro que se apresenta somente na forma de bits de computador. A era da informação, tal qual é chamada atualmente, permite o rápido deslocamento de qualquer coisa no espaço geográfico em um rápido período de tempo.
Aliás, não existem mais impeditivos em termos instrumentais para a total integração comercial de todas as economias. Afinal, já existe tecnologia suficiente para permitir a rápida comercialização entre quaisquer países, embora muitos deles não disponham de recursos e infraestruturas necessárias para o escoamento de produtos, além de importações em grandes quantidades. O principal entrave, atualmente, para o prosseguimento da expansão da economia global é o grande protecionismo comercial existente em alguns países, principalmente os desenvolvidos, que muitas vezes priorizam seus mercados internos em detrimento das importações por intermédio das chamadas barreiras alfandegárias.
De toda forma, a economia global encontra-se mais do que consolidada. Quem exerce papel preponderante nesse cenário não são os governos ou os Estados Nacionais, mas sim as empresas privadas, sobretudo as multinacionais, também chamadas de transnacionais ou empresas globais. Elas, muitas vezes, dispersam seus processos produtivos em várias partes do mundo em busca de fácil acesso a matérias-primas, incentivos fiscais e mão de obra barata. Além disso, muitas dessas empresas dominam o mercado consumidor em várias partes do mundo, consolidando fusões entre si (trustes) e unindo-se em um grupo de empresas de administração comum (holdings).

Até a próxima!

segunda-feira, 16 de março de 2020

Ensino Religioso: Santa Dulce dos Pobres


          Irmã Dulce nasceu em Salvador (BA) em 1914 e faleceu na mesma cidade em 1992. Seu nome de batismo era Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes. Como religiosa, adotou o nome Dulce em homenagem a sua mãe. Irmã Dulce foi canonizada no dia 13 de outubro de 2019 pelo Papa Francisco e se tornou a primeira santa brasileira. Ela teve dois milagres reconhecidos pela Igreja Católica e agora passa a ser chamada de Santa Dulce dos Pobres. É considerada personalidade símbolo da CF 2020 por ter dedicado a vida inteira aos pobres, doentes e mais necessitados.

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