O Coronel Marques, um militar português donatário da Sesmaria a qual pertencia Paraopeba, veio caçar em seus domínios. Surpreendido por uma onça, prometeu à Nossa Senhora do Carmo de quem era devoto, erguer-lhe uma capelinha naquelas terras, caso escapasse do perigo.Vendo-se salvo, tempos depois, cumpriu o prometido. Mandou erguer uma capelinha, dando-lhe para seu patrimônio os cerrados vertentes e mais 200 alqueires de terra.Em torno da capelinha, plantada à beira da antiga estrada real do sertão foram surgindo, uma após outras as casinhas modestas.
Decorridos os anos, existia ali um povoado, que, a princípio, denominou-se NOSSA SENHORA DO CARMO DE TABOLEIRO GRANDE. Tabuleiro Grande, porque tabuleiro era o nome expressivo com que os antigos costumavam caracterizar os pontos mais ou menos elevados e de vastas superfícies planas de nosso sertão. Tabuleiro Grande foi elevado à freguesia pela Provincial nº 164, de 09/03/1840 e confirmado pela Lei Estadual nº 2, de 14/11/1891, subordinado o arraial até então, ao município de Curvelo. No dia 24/11/1840, por força da Lei nº 1395 foi transferido para o município de Sete Lagoas. Em 1890, Paraopeba já contava com 10.724 habitantes espalhados pela sede (que era o mais populoso distrito) e também Cordisburgo e Araçaí. Naquela época, Tabuleiro Grande era considerado com justiça um dos maiores centros industriais de Minas Gerais, pois em suas terras foi fundada a fábrica do Cedro, em 1868, pelos irmãos Mascarenhas: Antônio, Bernardo e Caetano.
Durante 45 anos, Tabuleiro Grande pertenceu a Sete Lagoas, até desmembrar-se, elevando-se à categoria de município através da Lei nº 566, de 30 de agosto de 1911. Sua instalação solene deu-se a 1º de junho de 1912, passando a denominar-se PARAOPEBA. Pela divisão administrativa de 1911, o município apresentava-se com os distritos da sede, Cordisburgo e Araçaí. Por força do Decreto-Lei estadual nº 148 de 17/12/38, criou-se com território do distrito de Cordisburgo, o município deste nome passando o de Paraopeba a constituir-se apenas de dois distritos: o da sede e o de Araçaí. Pelo Decreto-Lei estadual nº 6, de 25/07/1940, que delimitou os perímetros urbanos e suburbanos da sede, a localidade do Cedro, que até então era considerada rural, passou a integrar a zona suburbana da cidade. A Lei estadual nº 1039, de 12/12/1953, criou o município de Caetanópolis, com o território desmembrado de Paraopeba. O atual nome do município, PARAOPEBA, é devido ao rio do mesmo nome, que banha toda a parte oeste do município Paraopeba é nome de origem indígena, da língua tupi, e significa "rio do peixe chato".
(Duas fotos da Matriz Nossa Senhora do Carmo. Antes e Agora)
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